Daqui para a frente, a ideia inicial era seguir directamente para leste, de Kankan para Sikasso, a principal cidade do sul do Mali e um centro militar importante. As chuvas torrenciais que tinham caído nos dias anteriores, porém, tornavam a viagem particularmente arriscada devido aos riscos de atascamentos e estradas intransitáveis, para além de que, devido à correnteza dos rios, não havia garantias que as canoas cobertas de tábuas que são aqui utilizadas para a travessia de veículos automóveis e outros estivessem totalmente operacionais. Assim, o grupo optou por seguir para nordeste para Bamako, depois descer até Bougoni, e daí seguir a rota inicial para Sikasso. Eram mais 550 quilómetros mas a paisagem também era bonita, uma boa parte dela seria feita a acompanhar o Níger e era claramente mais seguro.
Ainda os primeiros raios de Sol não tinham aparecido no horizonte e o grupo já estava a arrancar. Até à fronteira, apesar dos buracos, do calor e da humidade, o caminho fez-se bem, ou relativamente bem. A passagem da fronteira para o Mali fez-se em Kourémalé e, tal como em todas as fronteiras, os guardas alfandegários lá estavam para complicar a vida. Não obstante isto, no meio dos vários trâmites, um dos agentes ainda queria que cada um dos cinco pagasse uma “taxa especial" de 2000 francos CFA (cerca de 20€) para entrar no país o que parecia ser uma pequena artimanha para ganhar algum dinheiro extra. Quando porém, Mário mencionou que chegando a Bamako iam visitar um amigo dele que era gente importante no Mali, príncipe da etnia Dogon, o Sr. Pangalet Poudiougo (de quem o Mário é mesmo amigo pessoal), o pobre do polícia, que era da mesma etnia, não só mudou de tom como passou a tratar o grupo dos "portugais" cheio de deferência e já não queria, de maneira nenhuma, o dinheiro.
Chegados a Bamako, uma metrópole com quase dois milhões de habitantes e um trânsito infernal, o primeiro problema do grupo foi descobrir o Hotel de l'Amitié, onde Mário já lá tinha estado nos seus tempos de OMS. Desde então, porém, a cidade cresceu desalmadamente mas, entre vias rápidas, boulevards, avenidas e ruas, táxis, carros, mobilettes e carroças de burros, lá conseguiram chegar. Descarregadas as motos, foram recarregar "baterias" para a beira da piscina do dito hotel.
No dia seguinte, arrancaram para Sikasso, pensando que só voltariam à capital do Mali passadas quase duas semanas, depois de uma grande volta no Burkina Faso e no País Dogon, no nordeste do Mali. Ao fim de 70 quilómetros de viagem, porém, Paulo Gameiro sentiu-se mal do estômago. Inicialmente pensou-se que fosse algo passageiro mas o problema persistiu e o grupo acabou voltando para Bamako. Foi então decidido que Paulo ficaria aqui uns dias a descansar, o grupo iria retomar o seu périplo na região mas, encurtá-lo-ia para uma semana e na volta para Bamakol, os cinco seguiriam novamente juntos para o Senegal e depois para norte, para a Mauritânia e Marrocos. Mesmo antes do sucedido, a volta "grande" das duas semanas já estava em dúvida devido a problemas políticos no Burkina Fasso e também por causa do estado caótico em que se encontravam algumas estradas no norte do Burkina Fasso mas com os problemas do Paulo, a decisão de não se seguir com este trajecto inicial acabou por ser tomada sem hesitações.
Ainda os primeiros raios de Sol não tinham aparecido no horizonte e o grupo já estava a arrancar. Até à fronteira, apesar dos buracos, do calor e da humidade, o caminho fez-se bem, ou relativamente bem. A passagem da fronteira para o Mali fez-se em Kourémalé e, tal como em todas as fronteiras, os guardas alfandegários lá estavam para complicar a vida. Não obstante isto, no meio dos vários trâmites, um dos agentes ainda queria que cada um dos cinco pagasse uma “taxa especial" de 2000 francos CFA (cerca de 20€) para entrar no país o que parecia ser uma pequena artimanha para ganhar algum dinheiro extra. Quando porém, Mário mencionou que chegando a Bamako iam visitar um amigo dele que era gente importante no Mali, príncipe da etnia Dogon, o Sr. Pangalet Poudiougo (de quem o Mário é mesmo amigo pessoal), o pobre do polícia, que era da mesma etnia, não só mudou de tom como passou a tratar o grupo dos "portugais" cheio de deferência e já não queria, de maneira nenhuma, o dinheiro.
Chegados a Bamako, uma metrópole com quase dois milhões de habitantes e um trânsito infernal, o primeiro problema do grupo foi descobrir o Hotel de l'Amitié, onde Mário já lá tinha estado nos seus tempos de OMS. Desde então, porém, a cidade cresceu desalmadamente mas, entre vias rápidas, boulevards, avenidas e ruas, táxis, carros, mobilettes e carroças de burros, lá conseguiram chegar. Descarregadas as motos, foram recarregar "baterias" para a beira da piscina do dito hotel.
No dia seguinte, arrancaram para Sikasso, pensando que só voltariam à capital do Mali passadas quase duas semanas, depois de uma grande volta no Burkina Faso e no País Dogon, no nordeste do Mali. Ao fim de 70 quilómetros de viagem, porém, Paulo Gameiro sentiu-se mal do estômago. Inicialmente pensou-se que fosse algo passageiro mas o problema persistiu e o grupo acabou voltando para Bamako. Foi então decidido que Paulo ficaria aqui uns dias a descansar, o grupo iria retomar o seu périplo na região mas, encurtá-lo-ia para uma semana e na volta para Bamakol, os cinco seguiriam novamente juntos para o Senegal e depois para norte, para a Mauritânia e Marrocos. Mesmo antes do sucedido, a volta "grande" das duas semanas já estava em dúvida devido a problemas políticos no Burkina Fasso e também por causa do estado caótico em que se encontravam algumas estradas no norte do Burkina Fasso mas com os problemas do Paulo, a decisão de não se seguir com este trajecto inicial acabou por ser tomada sem hesitações.
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