Complicado, complicado foi arranjar os vistos para entrar em todos os países que constavam do itinerário da viagem, nomeadamente Guiné-Bissau (mesmo assim, o mais fácil), Guiné-Conakri, Mali, Burkina Fasso, e Mauritânia. "Havia sempre a possibilidade", diz Mário, "de tentarmos obter os vistos de entrada nos vários países só quando chegássemos aos mesmos mas, era um risco acrescido que preferimos não correr. Obter alguns destes vistos na Europa, porém, não foi pêra-doce. Só para conseguir o do Guiné-Conakri tive que ir a Paris três vezes".Levando em conta a altura do ano em que os cinco podiam ausentar-se de Portugal sem grandes contratempos e as peculiaridades climatéricas das regiões que iam atravessar - primeiro uma zona tipicamente tropical com muita chuva, temperaturas e níveis de humidade muito altos durante quase todo o ano e outra com temperaturas ainda mais altas no verão e inicio da estação dos ventos de Harmatan - a partida ficou marcada para o fim do verão, no final de Setembro. As motos seguiram de barco, com Mário, Henrique e Eduardo a apanharem o avião uns dias depois para estarem em Bissau ainda antes delas lá chegarem. Paulo e Ricardo, por motivos profissionais, só se juntariam a eles uns dias mais tarde, quando as motos já lá estivessem.
As motos foram todas preparadas ao mais pequeno detalhe, tendo quatro delas recebido depósitos suplementares, malas especiais, sistemas de comunicação, protecções especiais para ópticas e outras peças.
Duas, a de Henrique Pratas e a do Eduardo Silva, sofreram até um rebaixamento especial (feito em Bolhos, Peniche, na oficina de Fernando Chagas) para a sua altura ao chão não ser tão elevada. Ao nível dos pneus, enquanto quatro optaram pelos então novos Metzeler mistos, Ricardo optou pelos Continental TKC 80 que já conhecia e com os quais estava bastante contente. No final, a sua opção acabou por se revelar melhor pois os Metzeler, ainda a uns milhares de quilómetros de Portugal, já se queixavam.
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